Bom dia!!!
Acordo hoje nesta manhã, ao som dos pássaros e me deparo com esse texto, que compartilho a seguir, delicioso que me trás memórias e sensações do momento da infância.
Desejo que se transporte comigo as suas memórias da casa dos avós.
Me recordo dos natais na casa da tia Leonor (onde morava a Vó Emília, minha nona mais linda e asseada) que alegria lembrar de todos os irmãos, tios, primos reunidos, os presentes de natal, a comilança que só famílias de italianos entendem o quanto cabe de comida dentro de um só corpo rsrs. Já o ano novo os encontros era na casa da Vó Maria em Tietê, além da festa que era encontrar a família materna, tinha a experiência da viagem ao interior, o sorvete na praça com o dinheiro arrecadado de "bom ano' aquele dinheirinho que ia tios dava trocado para os sobrinhos que via uma vez por ano. 🥰 Momentos felizes em família, que ao crescermos foi se repetindo na casa de nossos pais que agora eram os avós e agora, sou eu a Vódrasta ou tia avó e meu esposo que temos muita alegria em receber.
Tenho certeza que hoje com esse texto vou fazer você dar um tour de 360 graus em suas memórias, como dei nas minhas com saudade, alegrias e a sensação de que bom que vivi para recordar ❤️
Um lindo domingo cheio de recordações a cada um de nós, e não esqueça de viver esses momentos, se ainda podem 🙌💜🌿😘
QUANDO A CASA DOS AVÓS SE FECHA

Acho que um dos momentos mais tristes
da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com todos os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.
Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.
Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o que toda família precisa para ser feliz.
As reuniões de Natal, regadas com o cheiro a tinta fresca, que cada ano que chegam, pensamos “...e se essa for a última vez”? É difícil aceitar que isso tenha um prazo, que um dia tudo ficará coberto de poeira e o riso será uma lembrança longínqua de tempos talvez melhores.
O ano passa enquanto você espera por esses momentos, e sem perceber, passamos de crianças abrindo presentes, a sentarmos ao lado dos adultos na mesma mesa, brincando do almoço, e do aperitivo para o jantar, porque o tempo da família não passa e o aperitivo é sagrado.
A casa dos avós está sempre cheia de cadeiras, nunca se sabe se um primo vai trazer namorada, porque aqui todos são bem-vindos.
Sempre haverá uma garrafa térmica com café, ou alguém disposto a fazê-lo.
Você cumprimenta as pessoas que passam pela porta, mesmo que sejam estranhas, porque as pessoas na rua dos seus avós são o seu povo, eles são a sua cidade.
Fechar a casa dos avós é dizer adeus às canções com a avó e aos conselhos do avô, ao dinheiro que te dão secretamente dos teus pais como se fosse uma ilegalidade, chorar de rir por qualquer bobagem, ou chorar a dor daqueles que partiram cedo demais. É dizer adeus à emoção de chegar à cozinha e descobrir as panelas, e saborear a “comida da nona, oma, vó, ...”.
Portanto, se você tiver a oportunidade de bater na porta dessa casa e alguém abrir para você por dentro, aproveite sempre que puder, porque ver seus avós ou seus velhos, ficar sentado esperando para lhe dar um beijo.
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